quarta-feira, agosto 5

O que o Cielo faz na piscina, o atletismo joga por água abaixo

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Cinco atletas da delegação brasileira que disputariam o Mundial de Atletismo da Alemanha foram suspensos após serem pegos no antidoping.

O teste, feito de supetão, encontrou uma substância proibida chamada “eritropoetina recombinante”, que aumenta a oxigenação do sangue.

Como não sou médico, não sei o que ocorre com mais oxigênio no sangue, mas sei que não pode.

E se não pode, não pode!

O anúncio ocorreu alguns dias depois de o maravilhoso nadador César Cielo encantar o mundo.

Fantástico, ele mostrou lá fora que o Brasil não tem apenas futebol (o Colorado ganhou hoje no Japão a Copa Suruga), Pelé, vôlei quase imbatível, corrupção na política, violência urbana, Carnaval e belas moças, como a querida Rúbia Souza.

Mas Bruno Lins Tenório de Barros, Jorge Célio da Rocha Sena (ambos dos 200 m e 4 x 100 m), Josiane da Silva Tito (4 x 400 m), Luciana França (400 m com barreiras) e Lucimara Silvestre (heptatlo) apareceram da pior forma possível, à lá Ben Johnson.

Lembram do canadense que encantou o mundo nos anos 80?

Forte, negro, espadaúdo, veloz, o mais rápido do mundo, imbatível, recordista, campeão olímpico, Ben Johnson perdeu a força, a velocidade, os recordes, as medalhas e, sobretudo a reputação, ao ser flagrado no antidoping.

Hoje, ele é sinônimo de farmácia ambulante.

Está certo que os brasileiros terão direito à defesa, a contraprova ocorrerá, mas eles foram punidos preventivamente e estão fora do Mundial, pois, no esporte, há uma diferença entre a Justiça comum: primeiro vem a punição, depois a prova.

E, certamente, Adhemar Ferreira da Silva, Robson Caetano, Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa, João do Pulo, Elizabeth Clara Mueller, Vanderlei Cordeiro de Lima e tanta gente boa que representou o Brasil muito bem por tanto tempo, estão envergonhados, onde quer que eles estejam.

Post do Blog de Milton Neves
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